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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Boletim n°14 - Mai. 2010
Conquista da Fissura Marcos Éboli‹‹ anterior 
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Por que conquistamos escaladas?

Sublime expressão do nosso amor

Em junho de 2009 foi concluída pela Unicerj a conquista de uma belíssima fissura no Garrafão. A esta conquista deu-se o nome do último Fundador e Membro do Conselho de Administração da Unicerj que ainda não havia sido presenteado com uma escalada. Trata-se da Fissura Marcos Éboli. Na ocasião me ocorreram as palavras de um amigo especial que lá estava presente:

– Christian, nós devemos ser humildes nesta vida, humildes que nem... Gandhi.

Devemos, portanto, sempre nos espelhar nos melhores exemplos, queria ele dizer. Mal sabe este amigo, que hoje está temporariamente impedido de escalar conosco, o quanto está presente dentro de cada um de nós unicerjenses. Ele é um exemplo para mim e para todos nós. Afirmo, sem medo de errar, que esse nosso companheiro ensinou a todos os Guias da Unicerj a conquistar e a bater grampos. A Fissura Marcos Éboli foi idealizada por esse nosso amigo, mas não concluída por ele, sinal de que as sementes foram bem plantadas. Esse amigo, aliás, é o Santa Cruz.

Mas afinal, o que há de tão especial em uma conquista que tanto nos emociona?

Ainda que o compartilhar de qualquer escalada, conquista ou não, seja importante, belo, e desafiador, a conquista traz algo diferente à jornada: o imponderável. Definitivamente não se sabe o que nos espera depois da próxima agarra. Corpo e mente, portanto, convergem para a superação de obstáculos técnicos, mas também e especialmente psicológicos. A conquista não se trata apenas de um objetivo em si mesmo, uma busca de emoção e adrenalina, numa constante procura pela fonte da juventude. Os desafios técnicos aumentam nossa responsabilidade, expõem a dimensão humana de nossas realizações. Superação física também é edificante.

Igualmente importante é o sentido de conjunto que uma conquista nos proporciona. Confiança mútua e, sobretudo, generosidade são fundamentais. Sem alguém apenas carregando a mochila, um grampo não pode chegar ao conquistador do lance.

Uma conquista exige do homem o melhor de si em todos os aspectos.

Quanto ao nome da conquista, temos a liberdade de oferecer, não nomear apenas, uma conquista a quem ou ao que desejarmos. Pode ser um pensamento, uma poesia, uma homenagem a vulto ou evento histórico. Se quiser nos conhecer, veja as nossas conquistas: como, quando, por que e em que circunstâncias foram realizadas. O nome de uma conquista só não pode ser banal. Não se pode permitir desperdiçar o suor e o entusiasmo em algo vazio e sem amor.

Amor. Esta palavra define também outra forma de se oferecer uma conquista. Oferecemos a quem nós amamos. Certamente que muito amamos nosso amigo Marcos, mas poderia ser nosso filho, um de nossos pais, ou ainda a mulher amada. Uma conquista não se compra nem se encomenda. Em tempos em que tudo se transforma em mercado, em comércio, em compra, em venda, o amor às vezes é definido equivocadamente pelo tamanho de nossa carteira.

Uma conquista é a sublime expressão de amor ao próximo. Este amor é o amálgama da Unicerj. Os valores da Unicerj são os mais importantes em minha vida, ainda que às vezes fique distante deles. Aqueles que desejam compartilhar esses momentos sublimes se apressem, pois cada manifestação de amor é acompanhada por forte manifestação de despeito daqueles que não conhecem nada além do desamor.

Realize suas conquistas e lute pelos que você ama, pois de um momento para o outro a pessoa amada vai embora e você se arrependerá de não ter dito a ela: Eu te amo!

Marcos, nós te amamos! E amamos todos aqueles para quem conquistamos.

Felizes conquistas! Felicidades, companheiros.

Christian


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