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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Boletim n°5 - Nov. 2000
Par. Conceição Constantino‹‹ anterior 
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Regrampeação da Cha. Stop e Par. José Zaib

No primeiro semestre desse ano regrampeamos várias escaladas clássicas que haviam sofrido a insânia criminosa dos arrancadores de grampos. As vias mais destruídas foram o Paredão José Zaib a Chaminé Stop, que ficaram simplesmente desfiguradas.

Entender a motivação doentia dos que arrancam grampos é algo que precisaria de estudos psicológicos profundos, visto que esses pretensos escaladores sofrem de patologias graves.

No caso da Cha. Stop, uma escalada conquistada em 1941, onde há vários anos não se sabia de nenhum grampo arrancado, os riscos aumentaram exponencialmente. Por esse motivo marcamos duas excursões para recupera-la em sua integridade. Chegamos a pensar em melhorar a segurança de alguns lances, mas preferimos não provocar a ira dos que não somente gostam de se arriscar desnecessariamente, mas também querem que os outros se submetam à mesma irracionalidade. Um dia talvez, num futuro onde a vida humana seja de fato valorizada, é possível que a Cha. Stop venha a ter uma grampeação criteriosa, que não tire a emoção, e dê mais segurança aos escaladores.

Com relação ao Par. Zaib, a história é outra e as motivações foram não apenas desfigurar a escalada mas também destruir quase completamente a via que conquistamos em 1989.

Nesses onze anos essa escalada tem sido programada e realizada pelos mais diversos Clubes de Montanhismo e também por escaladores independentes. O Paredão Zaib nunca tinha sofrido ação dos vândalos-devastadores de grampos. No entanto, movidos pelo ódio que nada constrói, esses arremedos de montanhistas foram lá e arrancaram, quebraram ou amassaram cerca de 30 grampos. Quase não acreditamos quando vimos o resultado da maldade humana que habita o coração de pessoas que se dizem montanhistas.

Mesmo que tivessem arrancado todos os grampos da Chaminé Stop e do Paredão Zaib nós começaríamos a rebatê-los. No Paredão Zaib foram realizadas cinco excursões de regrampeação. Se tivéssemos máquina de furar teria sido mais rápido, mas não teria sido tão didático. Isso porque aproveitamos essas excursões de regrampeação para ensinar aos novos sócios da UNICERJ o engenho, a arte e técnica de grampeação. Ao final do esforço, individual e coletivo, a escalada voltou a ser o Paredão Zaib que conhecemos e que conquistamos: A via muito difícil e suficientemente segura, para Guias e participantes, mesmo nos lances mais aéreos e desafiadores.

Ao final dessas duas regrampeações nos sentimos mais reconfortados. Não adiantaria reclamar, até porque não há a quem recorrer a não ser talvez ao Bispo. Fomos às duas escaladas e realizamos o trabalho que tinha que ser feito. Demonstramos que somos perseverantes no que acreditamos. Temos reservas de sanidade que não se deixam contaminar por tanta arrogância irrefletida e pretensão vazia.

Nos orgulhamos de nossa conquistas, sejam elas escalada ou descidas, e também das regrampeações como as que fizemos na Chaminé Stop e no Paredão Zaib.


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