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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Boletim n°4 - Jan. 2000
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Carta

O Montanhismo Amador e o Livro "As Descidas Vertiginosas do Dedo de Deus"


Ouvi o seguinte comentário de uma amiga que tinha participado de uma das reuniões da UNICERJ: "Mas tem certeza de que eles são amadores? Parecem profissionais, de tão organizados, competentes e seguros!"

É curioso, mas não só em Montanhismo as pessoas são leigas. A grande maioria esquece que AMADOR é aquele que AMA, aquele que se dedica a uma atividade por amor e prazer. Os nomes, os rótulos, as hierarquias muitas vezes confundem, afastam e inibem quando deveriam facilitar, organizar e priorizar o acesso... Tudo isso pra explicar que não conheço o Montanhismo, conheço Montanhistas, não tenho como avaliar técnicas ou dificuldades, mas conheço um número razoável de pessoas e relações interpessoais.

No livro "As Descidas Vertiginosas do Dedo de Deus" encontrei, como muito bem escreveu o Presidente da UNICERJ, Tarcisio Rezende no prólogo, "toda a emoção dos sentimentos da relação humana, que são suas fragilidades, suas obstinações, o companheirismo, a abnegação e a luta por um ideal".

Sensações de efemeridades e dinamismos me acompanharam durante a leitura do livro. Desde o momento primordial da conquista do Dedo de Deus, até a carta para as filhas, neta e futuros montanhistas nada fica estabelecido rigidamente; os conceitos e os valores das relações que são narrados são rigorosos, mas em hipótese alguma inflexíveis. As vias de subida e descida são múltiplas, quiçá infinitas, as trilhas e vias se transformam com as intempéries e manifestações climáticas, o dinamismo das relações se confundem com o dinamismo e variedades impostos pela natureza (do homem?), pela existência na Montanha (do homem?).

Mesmo que no dia a dia a vida não se apresente através de companheirismo, amizades e cumplicidade, parece que a vida na montanha é impossível sem a realização destes ideais:

"É a nossa vontade de realizar que transforma um sonho em feito insofismável"
"Afinal, o tempo que nos foi dado viver é matéria prima irrecuperável, preciosa e irreversível..."


Flavia Maximo


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