Conquistas e Regrampeações Realizadas pelos Signatários da 2ª Carta Aberta

Em cada uma das 136 conquistas e 72 regrampeações relacionadas, um ou mais signatários desta carta aberta esteve presente.

Assumimos na plenitude todas as conquistas que fizemos com as nossas técnicas e com os equipamentos que dispúnhamos na ocasião de cada uma delas. Algumas são Vias pequenas e simples que foram feitas num único dia de investida. Outras exigiram esforços infatigáveis por vários anos, para que pudéssemos termina-lás. Estas conquistas são de certa forma, nossa biografia montanhística. Por todos esses anos nunca nos valemos de patrocínios, propagandas, mecenas ou de qualquer apoio mirabolante para fazer nossas conquistas. Cada uma é fruto do entusiasmo, do trabalho e de nossa dedicação ao montanhismo amador e não competitivo. Hoje constituem parte do patrimônio comum de todos os montanhistas. Os croquis detalhados, históricos e demais informações úteis à comunidade, serão disponibilizados em breve.

As regrampeações foram realizadas dentro do mesmo espírito. Em grande parte elas foram feitas apenas parcialmente. Muito há para ser feito para que se possa recuperar as Vias existentes. Nesse sentido, um mutirão de todos os montanhistas seria bem-vindo. Não basta conquistar novas escaladas: É preciso também preservar as que já existem. Mas para isso, primeiro, será necessário deixar de lado todo e qualquer vestígio de competição, de vaidade, de egoísmo… para que o montanhismo volte a ser algo solidário e participativo. Nas regrampeações que listamos, apenas as assinaladas com um asterisco encontram-se, ao nosso ver, em boas condições de segurança.

Tivemos atuação destacada nas seguintes regrampeações:
Cha. Stop (1993), Via dos Italianos (1994), Par. Vermelho (1995), Par. Branco (1996), Par. Salomyth (1993), Par. K2 (1993), Par. Lionel Terray (1990), Par. Jorge de Castro (1992), Par. Emílio Comici (1994), Via. Teixeira do Dedo de Deus (1995), Via Normal do Escalavrado (1989), Par. Bendy (1992), Agulha do Diabo (1983), Via Sylvio Mendes (1997), Des. Grande Leste do Pico Maior de Friburgo (1991), Par. Rodolfo Chermont (1996) e Via. Normal do Pico do Frade – ES (1993). São portanto apenas 17 Vias de escalada, todas elas representativas do montanhismo do Brasil. Algumas estavam em péssimas condições, outras simplesmente abandonadas. Temos em nosso poder os precaríssimos grampos substituídos, que estão à disposição dos interessados.

Acreditamos que escalar com segurança, seriedade e alegria continue sendo possível em nossas montanhas. Neste sentido, conclamamos a participação de todos os montanhistas.

Partindo da palavra Via, que tem três letras, adotamos as seguintes siglas para abreviar as denominações das mais diversas escaladas:

Na coluna da esquerda estão listadas as conquistas, com suas respectivas datas de conclusão. Na coluna da direita aparecem os locais onde fizemos alguma espécie de regrampeação.