Dados Históricos
Após a ascensão do Pico do Itabira, realizada em 1947, Amâncio Silva tornou-se amigo de Silvio Mendes e seus companheiros do Rio de Janeiro que conquistaram a monumental escalada.
Amâncio Silva começou então a conquista da Pedra da Freira, na face mais longa e mais exposta da montanha, onde chegou a cravar dezenas de grampos, tendo subido aproximadamente 10% da via. Infortunadamente, numa das investidas ele sofreu um acidente fatal e a sua conquista ficou esquecida por mais de 60 anos.
O acidente causou comoção, pois Amâncio Silva era muito querido em Cachoeiro do Itapemirim, sendo também ponta-esquerda do time da cidade.
Em 1948, Silvio Mendes retornou ao Espírito Santo liderando novamente um grupo do CERJ e, em 6 de junho, com a participação de três escaladores cachoeirenses, conquistou a Pedra da Freira, dando o nome de Amâncio Silva à última chaminé, justamente a que leva ao cume.
Ao contrário do que muita gente pensa, a via original da Freira, restaurada em 1994, nada tem a ver com a conquista onde Amâncio Silva perdeu a vida e por onde ele sonhava atingir o cume da Freira.
A conquista do Paredão Amâncio Silva foi feita graças à persistência do Edilso, que encontrou a sua base após um grande incêndio, participou de todas as investidas e catalisou os esforços para concretizar esse sonho.
Santa Cruz
"Mais uma conquista! Mais uma vitória! Uma luzida equipe de escaladores do CERJ, à frente da qual se encontrava a figura valorosa de Silvio Joaquim Mendes, coadjuvado por Júlio Maria V. de Freitas, Carlos Santos e Cidineidis Viana Barreto, vem enriquecer o patrimônio de glórias do excursionismo nacional com a escalada do Pico da Freira, em Cachoeiro do Itapemirim. Por esse feito, que evidencia, mais uma vez, o esforço e a tenacidade dos nossos esportistas, a família excursionista se sente possuída de justa satisfação."
Extraído na íntegra do Boletim nº 115 do CERJ, publicado em agosto de 1948.
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