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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Boletim n°7 - Out. 2002
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Stop

Tenho um carinho especial pela famosa Chaminé Stop, pois foi onde fiz a minha terceira escalada, a primeira de classificação Difícil e onde aprendi a técnica necessária para escalar uma chaminé.

Felipe Porto, Borges e Buarque na Cha. StopQuando entrei para a UNICERJ, nunca tinha ouvido falar da Chaminé Stop, mas logo fiquei sabendo que um dos pré-requisitos para participar de uma excursão para o Dedo de Deus seria fazer primeiro essa clássica escalada no Pão de Açúcar.

A primeira vez que a Stop me chamou a atenção foi no dia 19/05/2002, quando um grupo da UNICERJ formado por Santa Cruz, Willy, Godinho, Carlos Eduardo (CELA), Fabio Fonseca, Fernando Stavale e Rodrigo Souza foi vítima de um incidente que eu nunca imaginei que poderia acontecer. Enquanto estavam subindo, perceberam a chegada de algumas pessoas ao Salão Azul, quase no meio da escalada. Avisaram que iriam retornar pelo mesmo caminho, já que o bondinho estava em obras para troca dos cabos de sustentação. Mais tarde, ouviram ruídos característicos de marretadas em grampos e imaginaram que alguém pudesse estar regrampeando alguma via por ali. Continuaram subindo e foram até o final da via. Quando estavam retornando, foram surpreendidos pela falta de vários grampos que estavam ali no momento da subida. Até mesmo grampos de descida tinham sido arrancados ou quebrados, fazendo com que encontrassem sérias dificuldades para retornar à base, deixando suas famílias muito preocupadas com o atraso de várias horas. No fim, tudo acabou bem.

Nas semanas seguintes, foram realizadas várias excursões de regrampeação, e a Stop voltou a ser uma via "escalável".

Então, no dia 09/06, tive a oportunidade de ir pela primeira vez até lá, com o Santa Cruz, Willy, Edilso e Valdecir. Chegamos cedo, separamos o material e partimos em direção à base. Achei a caminhada meio longa, pois nas escaladas que tinha feito até então (Par. Branco e Par. Joana) paramos o carro praticamente na base. Chegando lá, começamos a subida que seria bem mais tranqüila se não fosse um bornal bem na altura do meu pé direito e a marreta (para o caso de precisarmos regrampear) que teimava em prender em fendas e agarras. Já no Salão Azul (eu particularmente bastante cansado), começamos a escutar sons parecidos com marretadas e todos pensamos a mesma coisa: "de novo, não!!!". Resolvemos descer imediatamente, para verificar e evitar o mesmo transtorno do grupo anterior. Felizmente, foi só o susto e ficamos bastante aliviados.

Essa não foi a minha última experiência na Stop. Retornei com o Santa Cruz e o Verochile no dia 21/06. Dessa vez eu já estava de Kichute (e não de tênis como da outra vez) e subi o primeiro esticão com muito mais facilidade, fechando a cordada. No início do segundo esticão, como o Verochile estava muito enferrujado, resolvemos retornar. Deixei o material que estava comigo no platô dentro da chaminé e subi como segundo da cordada para recolher as costuras, pois o Santa Cruz já estava lá em cima. Na volta, por não ter passado exatamente pelo mesmo lugar da subida e por um mal-entendido entre nós três, acabei deixando a minha máquina fotográfica no platô e só dei por falta dela à noite, em casa. Após ligar para os dois e me certificar de que não tinha ficado com eles, fiz a primeira coisa a se fazer numa situação dessas: não se desesperar. Logo após alguns minutos, me desesperei (risos). O Santa Cruz ligou para vários guias e por sorte o Leo poderia ir comigo até lá no dia seguinte.

Marcamos antes das 6:00 da manhã, para ter certeza de que seríamos os primeiros a passar por lá. A excursão transcorreu com tranqüilidade, aprendi algumas coisas novas com o Leo e ao chegar ao local recuperamos tudo o que havia ficado.

Gostaria muito de voltar à Chaminé Stop em breve, pois é uma escalada muito bonita, com uma vista fantástica e porque, apesar de ter ido lá três vezes, eu nunca tive a chance de ir até o fim...

Daniel Bonolo


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